Novo Código Florestal pode extinguir ave ameaçada

Weber Girão

A revisão do Codigo Florestal brasileiro é um assunto complexo que recentemente tem chamado atenção nos meios de comunicação, no entanto, sua importância vai muito além do assunto da semana, pois terá sérios impactos na forma como manejamos a natureza e isso certamente trará implicações para nosso cotidiano.

Esta legislação é muito antiga e a diversidade de contextos no Brasil faz com que ela não seja abrangente. Contudo, é certo que uma ampla discussão apoiada por pesquisas sérias seria mais eficiente do que iniciativas corporativistas que tentam aprovar leis por meio de artimanhas políticas.

Em tempos de mudanças climáticas, segundo relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a previsão para o semi-árido nordestino não é animadora, pois inclusive a região do Cariri cearense ficará vulnerável a grandes chuvas concentradas entre secas severas, que provocarão enchentes e intensos impactos sócio-ambientais.

Neste cenário cada vez mais real, as matas que acompanham os rios que descem da Chapada do Araripe terão maior importância na contenção de inundações nos períodos de chuva e proteção da água nos tempos de seca, todavia, a proposta para o novo Código Florestal propõe a redução da proteção desta vegetação.

Além de pôr em risco o campo e as cidades do Cariri cearense, a diminuição desta mata prejudicará o soldadinho-do-araripe, um símbolo da outrora pujante biodiversidade desta região, cujo maior tesouro é a água, tal como um oásis no deserto. A principal causa de extinção desta espécie é a perda da vegetação que acompanha os rios.

É possível Informar-se sobre o que está acontecendo, formar sua própria opinião e participar através da internet (alguns endereços são apresentados como estímulo). Faça sua parte e ajude a construir um futuro mais justo, inclusive para outras espécies que dependem disso para continuar existindo.

impactos ambientais da reforma

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